Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento significativo da presença feminina no mercado de trabalho, com uma crescente representação em cargos de liderança. No entanto, apesar desses avanços, ainda enfrentamos desafios consistentes em nossa jornada em direção à igualdade de gênero no ambiente corporativo.
Neste artigo, vamos explorar como a participação feminina impacta os resultados dos negócios e destacar os benefícios que a inclusão e a equidade de gênero podem trazer para as organizações.
Embora as mulheres representem metade da população com ensino superior, elas ainda são minoria nos altos escalões das empresas, ocupando cerca de 37% dos cargos de gerência, segundo dados do IBGE em 2021
Essa disparidade gera consequências relevantes não apenas para questões sociais ou de diversidade. Pesquisas crescentes indicam que valorizar a mulher no ambiente de negócios traz ganhos concretos para o desempenho das corporações. Em outras palavras, a igualdade de gênero também é sinônimo de aumento de lucratividade.
Em um mundo cada vez mais plural e diverso, valorizar a mulher no ambiente corporativo se torna uma questão de justiça social e uma necessidade estratégica para o sucesso das empresas.
Benefícios tangíveis e intangíveis da valorização feminina para as corporações
Promover a igualdade de gênero e valorizar o capital humano feminino nas empresas não é apenas uma questão ética e moral, é também extremamente benéfico para os próprios negócios e resultados corporativos. Diversos estudos já comprovaram que culturas organizacionais mais inclusivas, que promovem ativamente a equidade entre homens e mulheres, apresentam ganhos tangíveis em uma variedade de indicadores.
De acordo com pesquisa mundial da consultoria McKinsey, empresas com maior diversidade de gênero em suas equipes executivas e conselhos têm 21% mais chances de ter rentabilidade acima da média da indústria. Outro levantamento, conduzido pelo Peterson Institute for International Economics, analisou resultados de 22 mil empresas em 90 países, constatando que aquelas com 30% ou mais de mulheres em cargos de liderança têm margens de lucro superiores em até 15%.
Além disso, times de trabalho diversos, com pessoas de diferentes origens, etnias e gêneros, potencializam a inovação e a criatividade. Isso porque contam com uma amplitude maior de perspectivas, talentos e repertórios, gerando soluções mais criativas. Com efeito, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, empresas com equipes de liderança diversas têm probabilidade 37% maior de gerar receita por inovação.
Também é importante destacar que ambientes corporativos mais inclusivos, que promovem ativamente políticas de equidade, atraem mais talentos qualificados. Hoje, especialmente entre os jovens, os funcionários valorizam trabalhar em empresas socialmente responsáveis e comprometidas com a justiça e oportunidades iguais. Logo, companhias que adotam a valorização da mulher como política estratégica contam com vantagem competitiva na guerra por talentos.
Por fim, a representatividade feminina em cargos de poder também gera externalidades positivas para toda a sociedade. Mulheres líderes trazem pautas como saúde materna, igualdade salarial, políticas familiares para a agenda pública com mais ênfase. Além disso, servem de modelo e inspiração para meninas e jovens mulheres.
Práticas essenciais para reduzir o gap de gênero nas empresas
Inicialmente, é importante garantir que os processos de recrutamento e seleção de novos talentos não contenham vieses inconscientes que prejudiquem candidatas mulheres. Para isso, ferramentas como inteligência artificial podem aumentar a imparcialidade na primeira triagem curricular. Além disso, deve-se buscar ativamente profissionais mulheres qualificadas, expandindo os canais de divulgação das vagas.
Outra medida poderosa é instituir programas de desenvolvimento de liderança feminina, acelerando as carreiras das colaboradoras com alto potencial. Também é importante garantir treinamentos obrigatórios sobre vieses inconscientes para os gestores, aumentando o autodomínio na hora de avaliar e promover seus liderados.
No quesito equilíbrio entre vida pessoal e profissional, é essencial oferecer licenças maternidade e paternidade igualitárias, para que homens também assumam sua cota de responsabilidade familiar. Além disso, creches no local de trabalho, flexibilidade de horários e trabalho remoto facilitam a vida de mães e pais, devendo ser estimulados.
Assim sendo, a alta liderança deve dar o exemplo, assumindo publicamente metas de redução da desigualdade de gênero e cobrando resultados de seus gestores. Grupos de afinidades para mulheres são outra boa prática, gerando apoio e troca de experiências entre profissionais que enfrentam obstáculos semelhantes.
As empresas que seguem diretrizes de promoção da igualdade de gênero demonstram comprometimento em ser locais de trabalho mais justos, atraindo mais talentos femininos e potencializando suas chances de sucesso nos negócios. A valorização da mulher no ambiente corporativo é essencial e depende de ações conjuntas em todos os níveis de uma organização.
Culturas corporativas não inclusivas afugentam candidatos qualificados
Atualmente, profissionais qualificados buscam, além de boas oportunidades de carreira e pacotes de remuneração competitivos, trabalhar em empresas que reflitam seus valores e causas sociais com as quais se importam. Principalmente entre milenials e centennials, funcionários valorizam atuar em organizações socialmente responsáveis e comprometidas com justiça, igualdade e inclusão.
Nesse contexto, culturas organizacionais não inclusivas, que perpetuam desigualdades, hierarquias e falta de oportunidades para minorias, acabam afastando talentos promissores. Um caso emblemático é o da disparidade de gênero, com mulheres ainda sub-representadas em cargos de liderança e enfrentando vieses inconscientes e barreiras veladas à ascensão profissional.
Dados da Women in Work Index mostram que na Europa mulheres são superadas em 2,3 vezes mais chances de alcançar postos executivos. Já no Brasil, elas representam menos de 6% dos CEOs das 500 maiores empresas, segundo o IBGE. Esse cenário sinaliza que há gargalos não resolvidos em termos de equidade de gênero corporativa.
Com efeito, pesquisas globais indicam que 38% das mulheres já deixaram empregos devido à falta de políticas e caminhos igualitários para crescer profissionalmente. Além disso, 57% buscam ativamente trabalhar em empresas mais diversas e inclusivas durante suas carreiras. Logo, culturas organizacionais excludentes perdem talentos qualificados para concorrentes mais igualitários.
Portanto, promover diversidade e assegurar que todos tenham as mesmas chances se tornou um imperativo competitivo. Companhias que desejam atrair e reter os melhores profissionais não podem ignorar essa demanda crescente por justiça e igualdade dentro do mundo corporativo moderno. Eliminar vieses e investir em inclusão é um diferencial buscado por talentos de alto nível atualmente.
Empresas devem estabelecer políticas maior valorização das profissionais mulheres
Promover a equidade de gênero e valorizar de forma proativa as colaboradoras mulheres deve se tornar um imperativo estratégico para empresas que almejam atrair talentos, potencializar criatividade e obter melhores resultados de negócios. Porém, na prática, quais políticas concretas podem ser implementadas com esse objetivo?
- Diversidade como pilar. É fundamental que a diversidade faça parte da cultura organizacional;
- Equiparação salarial;
- Valorização atributos profissionais;
- Oferecer suporte e desenvolvimento;
- Contratar sem viés.
Inicialmente, é essencial introduzir processos estruturados de recrutamento e seleção que mitiguem vieses inconscientes contra mulheres, como painéis de entrevistas diversos e avaliações profissionais independentes. Além disso, a companhia deve desenvolver ações assertivas de employer branding direcionadas para atrair candidatas potenciais, divulgando compromissos com diversidade e inclusão.
Após a contratação, é importante oferecer planos de carreira e desenvolvimento de habilidades gerenciais para talentos femininos de alto potencial por meio de mentorias, coaching e treinamentos específicos. Também é importante corrigir disparidades salariais, garantindo princípios de equidade remuneratória para profissionais de mesmo nível.
Na esfera da liderança, a alta administração precisa definir metas e indicadores para ampliar a representatividade de mulheres em cargos de gestão, cobrando resultados de seus líderes. Deve-se assegurar de que políticas de promoção e sucessão não contenham critérios enviesados, estabelecendo processos transparentes e justos.
Por fim, na dimensão mais ampla da cultura, a empresa deve promover ativamente grupos de afinidade e iniciativas de conscientização que estimulem inclusão, além de adotar códigos de conduta rígidos contra discriminação e assédio moral e sexual. Apenas dessa forma pode-se ambicionar um ambiente verdadeiramente seguro, igualitário e propício para o desenvolvimento da mulher.
Em suma, valores se traduzem em ações — e as corporações têm variadas frentes para colocar em prática políticas transformadoras rumo a eliminar disparidades e proporcionar as mesmas oportunidades de carreira a todos os gêneros. Esse deve ser um esforço contínuo e permanente.
Visão e Ação: ajudando empresas a criar ambientes de trabalho mais igualitários
A Visão e Ação é uma empresa comprometida com a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento feminino no ambiente de trabalho. Neste mês das mulheres, estamos oferecendo serviços de capacitação e treinamentos especialmente desenvolvidos para empresas que desejam valorizar a figura feminina e promover um ambiente mais igualitário e inclusivo.
Nossos programas de treinamento são projetados para abordar questões como liderança feminina, comunicação assertiva, negociação e tomada de decisão, habilidades essenciais para o desenvolvimento profissional das mulheres em sua empresa. Além disso, focamos em sensibilizar e educar toda a equipe sobre a importância da igualdade de gênero, combatendo preconceitos e promovendo uma cultura de respeito e valorização da diversidade.
Através de nossos treinamentos, sua empresa poderá:
- Desenvolver e fortalecer a liderança feminina, preparando mulheres para posições de destaque e decisão.
- Promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e diversificado, onde todos se sintam valorizados e respeitados.
- Melhorar a comunicação interna e a colaboração entre os membros da equipe, independentemente do gênero.
- Aumentar a satisfação e o engajamento dos colaboradores, resultando em maior produtividade e retenção de talentos.
No mês das mulheres, aproveite a oportunidade para investir no desenvolvimento das suas colaboradoras e na promoção de um ambiente de trabalho mais igualitário. Entre em contato conosco para saber mais sobre nossos treinamentos corporativos e transforme sua empresa em um exemplo de valorização da figura feminina.