Mais um ano se aproxima de seu encerramento, mas a luta contra os acidentes e doenças nos ambientes de trabalho continua e necessita ser um dever de todos os empregadores e trabalhadores. Infelizmente, as primeiras estatísticas indicam que os números de acidentes e doenças em 2024 continuaram com um viés de alta em relação aos anos anteriores. Com a evolução das normas regulamentadoras e a aplicação de tecnologias como, por exemplo, a IA, o ano de 2025 traz novas oportunidades para que juntos possamos renovar nossas energias para iniciar um processo de reversão nos números de acidentes, doenças e fatalidades, que impactam negativamente todos envolvidos nos processos de trabalho: trabalhador, empregador, governo e sociedade.
Para alcançar esse objetivo, é essencial dar atenção aos fatores de riscos psicossociais, que incluem questões como pressão excessiva, falta de apoio no ambiente de trabalho e jornadas extenuantes. O reconhecimento e o mapeamento dessas condições são passos fundamentais para criar ambientes mais seguros e saudáveis, promovendo o bem-estar físico e mental dos trabalhadores e reduzindo as estatísticas alarmantes que persistem ano após ano.
Por que a prevenção de acidentes de trabalho é indispensável em 2025, 2026, 2027…
Doenças e Acidentes de trabalho não apenas afetam os colaboradores, mas geram custos elevados para as empresas, incluindo indenizações, multas e perda de produtividade. Além disso, a imagem corporativa também pode ser prejudicada por situações mais graves.
Em 2025, necessitamos que a nossa percepção de perigos e riscos esteja ainda focada nos ambientes de trabalho. O aprofundamento do conhecimento das normas regulamentadoras e procedimentos de segurança irão exigir uma atenção cada vez maior de todos os envolvidos. A importância de treinamentos customizados e alinhados à realidade do ambiente de trabalho pode fazer muita diferença nesta luta. Independente do segmento produtivo, todos precisam atender à importância da prática diária do comportamento seguro e de elevar a Segurança ao patamar de Valor.
Outro ponto fundamental é a identificação e gestão dos fatores de riscos psicossociais, como estresse, assédio moral e condições inadequadas de trabalho, que impactam diretamente a saúde mental e física dos colaboradores. Atuar de forma preventiva sobre esses fatores contribui não apenas para a redução de doenças e acidentes, mas também para a construção de um ambiente mais produtivo, ético e respeitoso, beneficiando empresas e trabalhadores.
Impactos positivos da prevenção de acidentes de trabalho
- Valorização da cultura de segurança;
- Aumento de todos na percepção de Perigos e Riscos dentro e fora dos ambientes de trabalho;
- Aumento da produtividade, devido a um ambiente de trabalho seguro;
- Melhoria da imagem da empresa perante o mercado e os colaboradores;
- Redução de custos com afastamentos, indenizações e autuações por infrações, entre outros.
O grande desafio em SST para 2025
A partir de maio de 2025 empresas deverão incluir no PGR o Gerenciamento de Riscos psicossociais.
Os riscos psicossociais envolvem fatores no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde mental e emocional dos trabalhadores, como estresse, assédio moral, excesso de carga de trabalho, falta de reconhecimento, e outros aspectos relacionados ao bem-estar psicológico no trabalho, estão relacionados aos fatores de riscos psicossociais.
A partir de 1990 já está previsto na NR 17 (Ergonomia) que questões relacionadas à organização do trabalho, porém muitas empresas ainda hoje, não efetuam análise ergonômicas e portanto não aplicam em seus métodos de trabalho conceitos relacionados aos fatores que levam os trabalhadores a sofrer impactos negativos em sua saúde relacionados a fatores ergonômicos. Porém agora este cenário deve se alterar. Desde 2020 vem sendo trabalho para que o tema fosse incluído no gerenciamento de riscos e agora a partir de 26 de maio de 2025 conforme capítulo 1.5 do GRO da Norma Regulamentadora 01, passa a ser obrigatório.
Trata-se de um grande desafio para 2025 no âmbito da Saúde e Segurança, mais um ponto de atenção a ser observado na elaboração dos novos documentos, mas não estamos falando apenas de mapear este risco, precisamos gerenciá-los nos ambientes de trabalho.
A influência dos fatores psicossociais não é uma novidade, tanto que já em 1984 foi tratado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), quando chamou atenção para os números crescentes e da necessidade de se iniciar estudos para um aprofundamento do conhecimento sobre o tema. Porém com as mudanças cada vez mais frequente, com apoio de novas tecnologias e forma de gestão nas frentes de trabalho fatores que levam a este tipo de risco vem aumentando cada vez mais.
A influência dos fatores psicossociais nos ambientes de trabalho contemporâneos
Como citamos anteriormente nos últimos anos, os ambientes de trabalho têm se tornado cenários de intensas transformações, influenciados por avanços tecnológicos, mudanças nas relações laborais e um mercado cada vez mais competitivo. Nesse contexto, os fatores psicossociais emergem como elementos centrais para compreender a dinâmica do trabalho e seu impacto na saúde e no bem-estar dos trabalhadores. Estes fatores incluem as interações entre aspectos psicológicos, sociais e organizacionais que podem influenciar a experiência do trabalho de forma positiva ou negativa.
Principais fatores psicossociais
Os fatores psicossociais no trabalho abrangem uma ampla gama de elementos, incluindo:
- Exigências psicológicas do trabalho: Tarefas que demandam altos níveis de concentração, criatividade ou resiliência emocional podem gerar estresse crônico e exaustão.
- Autonomia e controle: A capacidade de tomar decisões relacionadas à própria rotina de trabalho é fundamental para a satisfação profissional. A falta de autonomia está associada à frustração e à redução do desempenho.
- Suporte social: Relacionamentos interpessoais saudáveis com colegas e líderes oferecem suporte emocional e ajudam a mitigar o impacto de situações estressantes.
- Recompensas e reconhecimento: A percepção de que os esforços são reconhecidos e recompensados contribui para um maior engajamento e produtividade.
- Conflitos organizacionais: Problemas de comunicação, conflitos interpessoais e estruturas organizacionais mal definidas podem levar ao surgimento de tensões e à queda do desempenho.
Impactos na saúde mental e física
Os fatores psicossociais têm um impacto direto na saúde mental e física dos trabalhadores. Condições como ansiedade, depressão e síndrome de burnout estão frequentemente associadas a ambientes de trabalho disfuncionais. Além disso, o estresse prolongado também pode contribuir para problemas físicos, como doenças cardiovasculares, dores musculoesqueléticas e distúrbios do sono.
Desafios e oportunidades
A gestão dos fatores psicossociais representa um desafio significativo para as organizações. O aumento do trabalho remoto, por exemplo, trouxe novas demandas relacionadas à sensação de isolamento, dificuldades de comunicação e necessidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Por outro lado, também oferece oportunidades para repensar modelos de trabalho, promovendo maior flexibilidade e bem-estar.
Estratégias para promoção de um ambiente saudável
- Desenvolvimento de lideranças conscientes: Líderes treinados para identificar e mitigar fatores psicossociais podem criar um ambiente mais inclusivo e saudável.
- Promoção do bem-estar: Programas de bem-estar que incluam apoio psicológico, atividades físicas e iniciativas de mindfulness podem reduzir os impactos negativos dos fatores psicossociais.
- Políticas organizacionais claras: Estruturas que promovam transparência, comunicação aberta e oportunidades de desenvolvimento profissional ajudam a mitigar conflitos e promover a satisfação no trabalho.
- Monitoramento constante: Pesquisas de clima organizacional e avaliações periódicas podem identificar potenciais problemas antes que se tornem críticos.
Dicas práticas para a prevenção de acidentes de trabalho
Para que a prevenção de acidentes de trabalho seja eficaz, é essencial que as empresas combinem estratégias de gestão, treinamentos regulares e investimento em tecnologia. Aqui estão algumas práticas recomendadas:
1. Invista em treinamentos regulares e customizados a realidade da sua empresa com base em sua cultura, procedimentos , políticas, regras e regulamentos de SST.
A falta de conhecimento é uma das principais causas de acidentes de trabalho. Promova treinamentos periódicos sobre normas regulamentadoras e práticas seguras. Programas como os oferecidos pela Visão e Ação capacitam os colaboradores para identificar e evitar riscos.
2. Realize inspeções e auditorias frequentes
As inspeções regulares ajudam a identificar condições inseguras antes que elas resultem em acidentes. Auditar os processos também garante o cumprimento das normas regulamentadoras.
3. Forneça e observe o uso correto de EPIs
Embora a entrega de EPIs seja obrigatória, em nada irá adiantar se não for realizada iniciando por uma sensibilização adequada dos trabalhadores com relação ao uso, conservação e guarda, é fundamental que o usuário entendimento do quanto é importante o uso adequado do EPI, visto que se trata da sua última linha de defesa em relação a um contato acidental com os perigos presentes no desenvolvimento da atividades laborais, outro fator importante é a observação no ambiente de trabalho sobre uso correto. EPI mal ajustado ou inadequado comprometem a saúde e a segurança.
4. Utilize tecnologias para monitoramento
Soluções tecnológicas, como sensores, câmeras de monitoramento e softwares de gestão de segurança, podem reduzir significativamente os riscos de acidentes. Em 2025, essas ferramentas serão cada vez mais acessíveis e eficazes.
5. Promova a cultura de segurança
Mais do que cumprir normas, as empresas devem incentivar o fortalecimento da cultura de segurança em suas frentes de trabalho. Isso inclui comunicar a importância de todos atuarem na prevenção, nossa percepção necessita chegar ao nível mais elevado que é o da interdependência, onde o olhar para o lado faz com que todos sejam responsáveis uns pela segurança dos outros, afinal estamos todos no mesmo barco.
Mas não poderemos nos esquecer dos demais riscos no ambientais e atuar para mitigá-los de forma consistente
O passo a passo da mitigação:
Riscos físicos
- Identificação e Controle: Realizar avaliações regulares para identificar fontes de riscos físicos, como ruídos, vibrações, radiações ou condições térmicas extremas.
- Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Fornecer e exigir o uso de EPIs adequados, como protetores auriculares, capacetes, e roupas térmicas.
- Engenharia e Estruturas: Investir em barreiras acústicas, sistemas de ventilação e climatização para controlar o impacto dos riscos.
- Treinamento: Capacitar os trabalhadores sobre práticas seguras e reconhecer os sinais de exposição.
Riscos químicos
- Substituição de Substâncias: Sempre que possível, substituir produtos químicos perigosos por alternativas menos nocivas.
- Armazenamento e Rotulagem: Garantir que os produtos químicos sejam armazenados adequadamente e rotulados conforme as normas de segurança.
- Sistemas de Exaustão: Instalar sistemas de ventilação que removam vapores e partículas perigosas.
- Monitoramento: Implementar programas de monitoramento ambiental e de saúde ocupacional para medir a exposição dos trabalhadores.
Riscos biológicos
- Higiene e saneamento: Manter um ambiente limpo e práticas de higiene rigorosas para reduzir a proliferação de agentes biológicos.
- Vacinação: Promover campanhas de imunização contra doenças transmissíveis comuns no ambiente laboral.
- Identificação de riscos: Mapear áreas com maior risco biológico, como laboratórios e instalações de saúde, e implementar controles rigorosos.
- Procedimentos de emergência: Estabelecer protocolos para lidar com exposições acidentais a agentes biológicos.
Estratégias gerais
- Normas regulamentadoras: Seguir rigorosamente as normas e legislações vigentes em segurança do trabalho.
- Cultura de prevenção: Fomentar uma cultura organizacional focada na segurança e saúde ocupacional que eleve a Segurança ao status de VALOR .
- Tecnologias avançadas: Utilizar sensores e automação para monitorar e reduzir a exposição a riscos.
Essa abordagem integrada pode minimizar os impactos negativos no ambiente de trabalho e assegurar a saúde e a segurança dos colaboradores. Se precisar de um texto mais específico para complementar seu documento, posso desenvolvê-lo!
O papel da liderança na prevenção de acidentes de trabalho
A liderança desempenha um papel crucial na prevenção de doenças e acidentes de trabalho. Gestores devem ser modelos de comportamento seguro, promover treinamentos e assegurar o cumprimento das normas regulamentadoras. Além disso, líderes engajados criam um ambiente no qual os colaboradores se sentem confortáveis em reportar riscos e sugerir melhorias.
Como a Visão e Ação pode ajudar na prevenção de acidentes
Empresas especializadas, como a Visão e Ação, oferecem treinamentos personalizados em saúde e segurança do trabalho. Esses programas ajudam as organizações a implementar práticas eficazes de prevenção e a cumprir todas as exigências legais. Além disso, capacitar os colaboradores para agir de forma proativa e garantir a segurança no ambiente de trabalho.
Entre os principais serviços estão:
- Treinamento para membros da CIPA.
- Campanhas de Segurança como SIPAT e outras.
- Capacitação em EPIs e as demais normas regulamentadoras.
- Auditorias e consultorias especializadas.
Invista em segurança para um futuro sustentável
A prevenção de doenças e acidentes de trabalho é uma prioridade para qualquer empresa que valorize sua equipe e busque sustentabilidade no mercado. Em 2025, os desafios e as oportunidades são grandes, e estar preparado é essencial. Ao investir em treinamentos especializados, tecnologias modernas e no fortalecimento da cultura de segurança, sua empresa estará protegendo vidas, economizando recursos e fortalecendo sua reputação.
Lembre-se: a prevenção de doenças e acidentes de trabalho começa com a conscientização e depende da ação contínua de todos. Proteger sua equipe não é apenas uma responsabilidade legal, mas também um compromisso ético.
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